Quando se olha para o XX vê-se uma série de males que impediram àquelas gerações de crescerem nos campos político e social. Não se fala de geração e riqueza ou organização da massa política, e sim na preocupação de se criar igualdades, sem a discriminação de riqueza ou pobreza, e foco do estado em ações voltadas ao seu contribuinte, sem a puxar para o lado “A” ou o lado “B”.
Os males do início do século eram doenças endêmicas, provocadas pela falta de cuidados básicos de higiene, porém idéias que surgissem à mudança desse quadro, quando dificilmente eram praticadas, eram duramente repreendidas. E perderam-se mentes brilhantes daquela geração.
Mais tarde, duas guerras mundiais acabaram passando ao mundo uma idéia de insegurança e violência e qualquer fato ou ideologia que apresentasse pontos contrários aos sentimentos impostos pelas guerras eram punidos com rigor. Perderam-se mentes brilhantes daquela geração.
Em meados da década de 60, vinha a geração “Zen”, que criava bases teóricas de grandes mudanças em todos os campos que forem pensados quando se comenta sobre sociedade. Porém o causador de tantos sonhos, tornara-se o seu maior problema. As drogas, especificamente a dependências pelas, levaram muitos a decadência e ao descrédito perante aqueles que poderiam lutar também pelos os ideais da geração, o “povão”. Perdiam-se mentes brilhantes.
A partir de 1970, surgem movimentos feministas, que fez com que mergulhassem de vez, várias mulheres em busca da igualdade, promovendo o direito ao voto, a inserção e permanência no mercado de trabalho e a divisão de tarefas domésticas. Essas se perderiam mais na frente, pois perceberam nas décadas de 80 e 90 que eram radicais demais e o tempo tinha passado muito rápido, e aquelas que queriam ter filhos e vida amorosa equilibrada, não tinham. O motivo era que se dedicaram e se ligaram tanto aos seus postos no mercado, que disponibilidade e até experiência para família eram muito difíceis de conseguir. Perderem-se.
Nos anos 80 e 90, as gerações mais modernas não se preocupavam com a aparência conservadora e única, e sim individual e diferente. Eram aí que surgiam as várias modas, como, por exemplo, não ligar para os namoros sérios e recatados, dando prioridades a atividade sexual num relacionamento um pouco mais precoce. Surgia então a explosão de casos de AIDS, uma doença adquirida principalmente – pelas facilidades e maioria de casos – pelo ato sexual sem proteção. Fechava-se o século e perdia-se outra geração.
Chegando ao século XXI, têm-se em mente, ainda, que a geração não se perderá. Pura hipocrisia, pois a arma que levará a perdição desta vez será aquela aparentemente ingênua e altamente destrutiva. Muitos podem pensar que essa arma seria uma união dos fatores destrutivos do passado, pois atualmente todas continuam presentes em nossas vidas, mas a questão é que elas tem remédio. Outros podem pensar que o que nos corromperia seria o dinheiro, mas ele já fez o seu papel: superou todas as crises, todas as armas e tornou-se, quer queira ou não, parte do ser humano (No dia em que fracassarmos e morrermos, o dinheiro acompanha.). A destruição do século XXI é o estouro de informação, porque ela atribui todos os outros fatores de antigamente, novas tecnologias, comportamentos, ideologias, teorias e guerras, formando, conseqüentemente, novas pessoas. O pior de tudo é que ela ainda se pactuou ao dinheiro, aumentando ainda mais o seu poder de fogo, pois muitas vezes os interesses, são movidos a informações de favorecimento ao caminho do poder. Traduzindo: Quem quer crescer, independente do campo, tem que ter dinheiro e, principalmente, informação.
Todos têm que buscar informações para prosperar na vida – escolas, cursos, faculdades, livros, internet, revistas e assim por diante – para conseguir uma boa ocupação, pois sem a remuneração que esta tem a oferecer não viverão, mesmo que seja para viver precariamente ou bem. Agora, a Informação leva todos a competirem de maneira brutal – e às vezes injusta por causa das diferenças sociais – pela sobrevivência. E aquela antiga preocupação de: criar igualdades, sem a discriminação de riqueza ou pobreza, e foco do estado em ações voltadas ao seu contribuinte, sem a puxar para o lado “A” ou o lado “B”; fora novamente abandonada pela maioria – pois estão brigando entre si –, aqueles que poderiam lutar por esses ideais tão importantes.
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